Estampagem (algumas vezes, também referida como Estamparia) é um processo de fabricação de peças através do corte ou deformação de chapas em operação de prensagem a frio.
Basicamente a Estampagem se resume a Corte, Dobramento & encurvamento e Estampagem profunda ou repuxo. As duas primeiras são processos mais simples quando executadas em apenas uma operação. Caso as operações sejam feitas em mais de um estágio, ferramentas progressivas são empregadas.
Qual o tipo de ferramenta construir?
A complexidade da peça é que determina o tipo de ferramenta (simples figura ou progressiva). Algumas considerações devem ser levadas em conta no momento de decidir qual o tipo de ferramenta construir:
- Pode-se executar diversas operações individualmente? Apesar de ser o processo menos produtivo, na maioria das vezes também é o mais econômico, quando os volumes produtivos são baixos e a disponibilidade de máquinas e dispositivos é alta;
- Se o volume de produção é alto e a disponibilidade de máquinas é baixa, então uma opção por ferramentas progressivas é sempre a melhor escolha. Neste caso tem-se na sua grande maioria a necessidade de um investimento inicial maior;
Definições da Prensa:
Para a aquisição de uma prensa, deve-se levar em consideração as seguintes etapas.
- Capacidade da prensa: Esta relacionada à força de estampagem, esta força é calculada em função do tipo de peças e das operações executadas. Peças de uma figura, em processo manual ou automático requerem prensas de menor capacidade.Esta grandeza é geralmente expressa em toneladas. Assim, temos prensas de 1, 5, 10, 20 toneladas, conquanto seja a forma inadequada de definir, é o mais comumente empregado, força é expressa em Newtons (N) ou KiloNewtons (kN). Esta capacidade é definida pelo tipo de peça e é calculada para os esforços de corte e dobramento da ferramenta, quando mais figuras a ferramenta tiver, maior deverá ser a capacidade da prensa;
- Tamanho e tipo da ferramenta: Prensas são definidas igualmente pelo tamanho da mesa, para ferramentas maiores, maior deverá ser o tamanho da mesa;
- Colunada (H) ou Tipo C: As prensas colunadas são seguramente o melhor tipo, não sofrem deformações durante o processo de estampagem e são mais precisas, entretanto uma grande gama de peças podem ser feitas em prensas tipo C;
- Com alimentador(bobinas) ou blanks pré-cortados: Este é um ponto que deve ser igualmente avaliado no momento da aquisição de um prensa. Ferramentas progressivas devem necessariamente optar por desbobinadores. Prensas que operam com blanks podem se automatizadas no tocante a alimentação destes blanks, através de magazines.
- Precisão das peças estampadas: Peças que requerem um dimensional mais apurado, devem necessariamente serem fabricadas em prensas colunadas;
- Volume produtivo x disponibilidade de máquinas: Condição relacionada com as máquinas existente no empresa. Se a mesma tem prensas ociosas (acontece muito nas empresas de pequeno porte, onde encontramos uma gama de prensas antigas, normalmente do tipo C). Empreendedores as vezes, sem avaliações corretas, tendem a descartar a sua utilização, adquirindo prensas novas e que as vezes são subutilizadas;
- Investimento x equipamentos existentes: O tópico anterior tem relação com este. Aquisições de bens de capital devem ser feitas após rigorosa avaliação financeira. Sair comprando prensas e dispositivos sem levar em consideração equipamentos do parque fabril existente é seguramente o pior caminho. Retrofitings de equipamentos podem trazer a mesma solução com um investimento grandemente reduzido. Pequenas automações podem solucionar e aumentar a produtividade para níveis aceitáveis, sem grandes dispêndios de capital;
- Prensa Mecânica x Prensa Hidráulica: Esta é uma avaliação secundária, mas deve ser levada em consideração se o produto final requer embutimento (repuxo). Prensas hidráulicas são mais apropriadas para esta condição. Repuxos podem logicamente serem feitos em prensas mecânicas. Quando o repuxo é profundo, algumas vezes mais estações são requeridas, e a utilização de prensas-transfer é a melhor solução. Se o volume produtivo é baixo, pode-se executar a operação em etapas fazendo as operações na mesma prensa e substituindo o ferramental.
- Estudo da Fita (leiaute da sequencia de estampagem na fita ou blank: Aspecto importante para evitar ao máximo a refila. Aproveitamento da chapa para redução do custo do produto final;
- Estrutura de Ferramentaria: Leiaute, Manutenção, Estrutura, Qualificação dos Ferramenteiros, Inspeções, e outras condições são necessárias para lidar com processos de estampagem. Não adianta ter prensas ótimas e uma ferramentaria insuficiente.
- Troca de Tipo: Se a mesma prensa é utilizada para diversas ferramentas, um sistema de troca rápida deve ser previsto. Reduz o tempo de troca, facilita a operação. Ferramentas de grande porte, muitas vezes utilizam carros transversais para tanto.
- Manutenção das Prensas: Uma boa Engenharia de Manutenção que possibilite a maximização da disponibilidade de máquinas e equipamentos. É um ponto crucial para um bom Setor de Estamparia. Manutenção das ferramentas e prensas é um binário que não pode ser de forma nenhuma esquecido na estruturação da Estamparia.
- Segurança em Prensas e Similares: Operações em Prensas requerem atenção quanto a Norma NR-12. O anexo VIII da NR-12 estabelece o que são prensas e similares e a norma sua consequente periculosidade na operação. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS EM PRENSAS E SIMILARES - PPRPS. A Shark também atua neste segmento de Engenharia de Segurança (clique para acessar a página deste serviço)
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